Dividir Para Evoluir | Margarida Patusco, jogadora do Núcleo do SCP de Pombal



Começamos estas entrevistas aos segundos classificados que estariam no Nacional com uma viagem ao Distrito de Leiria.

As palavras são de Margarida Patusco, uma das jovens mais promissoras desse distrito. Perto de completar os 19 anos, Margarida cumpria já a sua 3ª temporada no plantel sénior, onde foi inclusive campeã no ano de estreia nesse plantel.

Margarida conta já com estágio na Seleção Nacional de Sub-18, e este ano em que representou mais uma vez o Núcleo do SCP de Pombal, conseguiu neste conjunto um segundo lugar que lhes garantia a presença nesta Fase Final, ela que para alem de tudo isso era ainda a mulher golo da fase de qualificação para os CNU’s, onde representava o Instituto Politécnico de Santarém.

Margarida Patusco é outra das vozes a favor da criação desta segunda divisão, como podem ver na entrevista que lhe deixamos de seguida, mas não sem antes agradecer à jovem jogadora pela disponibilidade apresentada:

 

Quais os benefícios e desvantagens que vocês atletas esperam retirar nesta nova fase?

As vantagens são bem fáceis de identificar. A quantidade de oportunidades que podem surgir para as jogadoras são visíveis e para os próprios clubes, visto que, podemos estar numa constante evolução. Sendo o nível de competição mais elevado do que no campeonato distrital, as equipas têm possibilidade de planearem e prepararem-se melhor para poderem competir no escalão principal, que, penso que seja um dos maiores objetivos que qualquer equipa deseja alcançar. Uma das grandes vantagens também, é a possibilidade de jogadoras que competem a nível distrital serem reconhecidas pelo seu talento e qualidade, porque os campeonatos distritais não são totalmente acompanhados para que surjam também outras grandes oportunidades a essas mesmas jogadoras e muitas vezes merecem.

Já falando em dificuldades, estas iriam ser mais ao nível competitivo porque iriamos encontrar equipas novas, quer física quer taticamente, o nível de exigência iria aumentar, mas iria fazer-nos crescer e evoluir como equipa.

Também temos noção que isto iria trazer dificuldades para os clubes, em termos de financiamento, mas, lá está, era só mais um motivo para unir esforços e com vontade e entrega isso iria ser ultrapassado.  Em suma, acho que tanto atletas como os próprios clubes só têm a ganhar, pois, faz-nos crescer e ganhar visão de como as coisas têm de se realizar para chegarmos a um bom patamar e lutarmos sempre por aquilo que ambicionamos.  

 

Com este novo campeonato a competitividade no nosso futsal pode melhorar/aumentar? Porquê?

Sim, sem dúvida.  A maioria dos campeonatos distritais têm duas ou três equipas que se destacam maioritariamente, as restantes encontram-se num patamar mais abaixo.

A competitividade, a pressão, a intensidade, a ansiedade iriam ser completamente diferentes do que estamos habituadas, pois o nível competitivo é baixo nas competições distritais, existe uma discrepância muito grande, a nível de técnica e tática, com ritmos competitivos bastantes desproporcionais. E com a criação desta divisão, as equipas iriam disputar um campeonato mais adequado ao seu nível, aumentando a competitividade e melhorando a qualidade do nosso futsal.

 

E em termos de visibilidade tanto para clubes como para vocês atletas, o que achas que essa possível 2ª Divisão Nacional pode trazer de novo?

Em termos de visibilidade, é evidente que uma competição nacional tem muito mais do que uma competição a nível distrital. Penso que seria uma ótima oportunidade para jogadoras como nós adquirirmos mais conhecimentos de jogo, ajudando-nos a crescer dentro da modalidade e quem sabe, um dia, abrir portas para novos patamares.

A nível de clubes iria ser uma mais valia porque como as nossas competições se restringem só aos distritos, acabam por se tornar “invisíveis” ou esquecidos e não têm o devido reconhecimento, levando, assim, também, a uma maior desmotivação por parte das jogadoras.

Para além da visibilidade e reconhecimento, iria trazer não só mais patrocínios, mas também mais atletas a esta modalidade, ou seja, mais formação.


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