CR Golpilheira garante ultima vaga da Manutenção
Muito se tem falado nos jovens do nosso futsal, muito pelo que fez agora o Sporting na Champions de Futsal Masculino, ou mesmo pela boa campanha do Caxinas na Liga Placard apesar de não terem garantido a manutenção.
Já no que ao futsal feminino diz respeito, o sinonimo de juventude será certamente este plantel do Golpilheira que a duas Jornadas do fim garantiu a última vaga de Manutenção na Primeira Divisão de Futsal Feminino, mesmo com um plantel com grande base na sua formação.
Faltavam duas jornadas para o fim, e já com Sporting, Águias de Santa Marta e GD Chaves a terem garantido a manutenção, o Golpilheira entrava para a penúltima jornada do campeonato a saber que precisava de apenas um ponto nesses dois jogos para se manter na elite do futsal feminino, mas venceu mesmo a partida contra o Venda da Luísa.
Com golos de Ema Toscano (aos 30 anos é a segunda mais veterana da equipa), Maria Beatriz (21 anos) e Beatriz Santos (17 anos), o conjunto que conquistou a primeira edição desta competição garantiu que se vai manter na mesma naquela que será a primeira temporada sem divisões por Zona Norte e Zona Sul.
Para percebermos melhor este feito do Golpilheira recuamos primeiro a 2017/18 quando a veterana Irina Araújo se retirou, mas se ainda assim a equipa tinha a sua experiencia, pior ficou quando na temporada seguinte saíram algumas das mais experientes para a Casa do Benfica em Leiria, e quando no passado verão a eterna capitã Licas se retirou das quadras também, sendo que também Jéssica Pedreiras que dividia a carreira de jogadora com a de árbitra subiu aos nacionais na arbitragem e teve de optar entre jogadora ou arbitra e acabou por prosseguir na arbitragem.
Foram-se assim as resistentes desse primeiro titulo, ficando um plantel muito reforçado nos escalões de formação, sendo que das 14 jogadoras apenas 4 não eram sub-23, e apenas 5 não são sub-21, algo que em si é demonstrativo da juventude por ali presente e se pensam que as jovens acabam por não ter muitos minutos nem muita interferência na partida, basta dizermos que as duas melhores marcadora da equipa são Alex (20 anos) e Maria Beatriz (21 anos), às quais juntamos ainda um destaque para Beatriz Santos que mesmo com apenas 5 tentos esta temporada participou em muitos outros seja com assistências ou participação nas jogadas, ela que aos 17 anos é juntamente com a guarda-redes e capitã Diana Monteiro (23 anos) uma das duas que já jogaram com as quinas ao peito, no caso de Beatriz nas camadas jovens, no caso de Diana na seleção sénior.
O Golpilheira junta-se assim ao Sporting que garantiu esta manutenção com alguma facilidade, às Águias de Sta Marta que mesmo com a instabilidade que poderia ser criada com a mudança de treinador de uma fase para a outra acabou por conseguir a manutenção com alguma naturalidade e ao Chaves que com o plantel mais curto desta primeira divisão conseguiu também essa manutenção, sendo estes dois últimos clubes que garantiram a permanência prova de que mesmo com planteis curtos, ou com planteis formados maioritariamente por jogadoras da formação é possível fazer boas temporadas e alcançar a tão desejada manutenção.
Foto: CR Golpilheira