Pany de pé quente no início do play-off
Chegámos à fase de todas as decisões e já com os primeiros jogos concluídos. Muitos golos e muita emoção digna da Liga Placard.
Começamos em Viseu, onde o Fundão venceu de forma tranquila por 0-2. Os golos dos fundanenses foram assinalados por Senra e Peléh, que levam a vantagem para casa.
Em Sandim, Modicus e Leões de Porto Salvo protagonizaram o encontro mais eletrizante desta ronda, que acabou por terminar com uma chuva de golos: 10-11 para os forasteiros nas grandes penalidades, depois de um empate a cinco bolas no tempo regulamentar. Para os homens da casa, marcaram Fábio Lima (2), Uesler (2) e um auto-golo de Bruno Pinto. Pelos Leões, marcaram André Galvão (2), Wesley França (2) e Diogo Santos.
Em Braga, o Benfica ainda apanhou um susto na primeira parte, terminando a mesma empatada a uma bola, mas nos 20 minutos finais os encarnados alinharam a formação e acabaram por vencer 1-4 diante dos minhotos. Pelo Braga Serginho fez o golo de honra, enquanto os tentos das águias tiveram as assinaturas de Silvestre (2) - que mais uma vez fez uma grande exibição - e Chishkala (2).
Já o Sporting foi até Portimão para defrontar os alvinegros, a quem venceram por 3-8. Do lado do Portimonense marcou Júnior e Nuno Miranda (2) e pelos verdes e brancos marcaram Rocha, Pauleta, Taynan, Cavinato (2) e ainda um hat-trick de Pany Varela. Depois de uma das melhores performances na UEFA Futsal Champions League, o ala leonino regressou com tudo à Liga Placard. A Zona Técnica esteve à conversa com o Campeão Europeu.
“Julgo estar muito perto da minha melhor época de sempre”
Zona Técnica (ZT): Depois de regressares da final da UEFA Futsal Champions League com um golo no bolso que em muito ajudou a conquista, entras na fase final do campeonato com um hat-trick. Estás de pé quente?
Pany Varela (PV): Permitam-me que corrija, o que veio no meu bolso foi a medalha (risos). O golo foi apenas e só um extra e fico feliz por ter conseguido contribuir marcando, mas o mais importante mesmo foi a conquista.
Os golos são consequência do momento que a equipa vive que é ótimo e quando assim é mais facilmente alguns se destacam e desta feita tocou-me a mim.
ZT: O que se sente ao marcar na melhor competição da modalidade e ser ‘tri’?
PV: Fazer golos é sempre um momento especial, principalmente num palco como o da Liga dos Campeões, mas torna-se mais especial ainda quando os golos acabam por ajudar a equipa a conquistar os seus objetivos.
ZT: Quais achas que foram as bases para a conquista da Champions?
PV: Além da qualidade individual e coletiva da nossa equipa, da qualidade de quem nos dirige, julgo que a união que temos no nosso seio acabou por fazer a diferença nos momentos de maior dificuldade.
ZT: Que balanço fazes da tua prestação individual até agora e o que ainda queres melhorar até ao fim da Liga Placard?
PV: Penso que estou a fazer uma época positiva, apesar de não gostar de dar muito ênfase ao Eu, mas sim ao grupo.
Mas respondendo à pergunta, no que toca a números julgo estar muito perto da minha melhor época de sempre, mas como disse anteriormente isso só terá realmente importância se no final a equipa atingir os objetivos pretendidos.
Existem sempre coisas a melhorar porque acredito que estou em constante aprendizagem.
ZT: Como analisas esta entrada do Sporting nos play-offs?
PV: Entrámos nos play-off’s com a mesma mentalidade que nos trouxe até aqui, sabemos claramente qual é o objetivo do clube na competição e também sabemos o que temos de fazer e o caminho a percorrer para atingir esse objectivo.
ZT: Quais os principais objetivos pessoais e coletivos neste momento?
PV: Objetivo coletivo passa pela conquista da Liga Placard, mas não vale a pena pensar já nisso mas sim no próximo jogo que é contra o Portimonense.
Individualmente passa por melhorar dia a dia e ajudar a equipa nos objetivos que ainda temos para conquistar.
Texto e entrevista por: Maria Pinto Jorge