Fifó e um "agridoce" adiamento do Europeu: "O cansaço não perdoa e estamos a gerir isso"
Internacional portuguesa Fifó está disposta a corrigir a final do Europeu feminino perdida há três anos diante da Espanha (0-4)
O adiamento da segunda edição da fase final do Campeonato da Europa de futsal feminino foi um "pouco agridoce" para a internacional portuguesa Fifó, disposta a corrigir a final perdida há três anos diante da Espanha (0-4).
"É prejudicial pelo cansaço acumulado. Também penso que, como houve muita gente a competir quase ou até o final da época, isso ajuda a que não estivéssemos totalmente paradas e possamos chegar à final four com alguma forma física. Mas, claro, o cansaço não perdoa e estamos a gerir isso. Até mesmo no plano emocional e mental, não é fácil mudar o chip de uma coisa para outra, mas é o nosso trabalho e estamos cá para isso", confidenciou a ala do campeão italiano Città di Falconara, em entrevista à agência Lusa.
A competição bienal estava originalmente aprazada para decorrer em fevereiro de 2021, de novo no Pavilhão Multiusos de Gondomar, mas foi adiada por duas vezes e vai ser disputada entre sexta-feira e domingo, com as lusas a assumirem-se como candidatas.
"Vamos dar tudo para conseguirmos atingir o objetivo a que nos propusemos. Claro que ajuda imenso [o torneio] ser em Portugal, porque estamos a jogar em casa e sentimo-nos mais apoiadas do que se fosse fora. Ao mesmo tempo, é como se estivéssemos a reviver um momento que já passou, mas queremos um desfecho de maneira diferente", apelou.
Repescada pela UEFA para substituir a Rússia, devido à ofensiva na Ucrânia, a Hungria vai medir forças com Portugal nas meias-finais, agendadas para sexta-feira, às 21h30, quatro horas e meia depois de a Espanha, detentora do título, defrontar as ucranianas.
"Infelizmente, tivemos que fazer uma troca na calendarização, mas acho que a seleção húngara vem aqui para nos criar as mais dificuldades possíveis que conseguir. Jogámos contra este oponente na preparação para o Europeu anterior e saímos vitoriosas [9-0 e 6-0], o que é bom, mas temos de nos focar em nós. Sabendo aquilo que temos treinado, estamos mais perto de vencer", frisou Ana Sofia Gonçalves, conhecida por Fifó no futsal.
O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares e a final decorrem dois dias depois, às 14h30 e 18h00, respetivamente, com a ala, de 21 anos, que conta 47 internacionalizações e 12 golos pela equipa principal das Quinas, a lembrar que "qualquer país pode vencer".
"Sabemos da nossa qualidade e aquilo que queremos. Com o compromisso e o trabalho que temos tido até agora, somos uma das seleções favoritas a conquistar este título, até porque, na edição anterior, fomos nós e a Espanha à final. O duelo ibérico tem gerado jogos muito competitivos e penso que os erros vão fazer a diferença. Acho que vai sair vitorioso quem cometer menos erros e conseguir estar mais concentrado", recomendou.
Fifó é uma das nove vice-campeãs continentais entre as 14 atletas convocadas por Luís Conceição para o Europeu, cujo segundo adiamento, de março para julho de 2022, encaixou a prova após o final da época nos clubes e tem produzido "dias cansativos".
"Têm sido dias com muito trabalho, mas também felizes para todas nós. Não é fácil pelo momento, porque existe mais cansaço no final da época e o pessoal reuniu logo no dia seguinte à conclusão da época em Portugal. Contudo, tem sido dias bons", enalteceu.
Portugal está concentrado desde 20 de junho e concluiu a primeira de duas semanas de estágio a golear a Ucrânia (6-0), num embate particular em Oliveira de Azeméis, que se seguiu à final do play-off do campeonato nacional, que foi disputada à melhor de cinco partidas, na qual o Benfica bateu o Nun'Álvares (3-1) rumo ao quinto título consecutivo.
"Claro que é muito mais fácil para nós ter o grupo todo reunido desde o início do que pela metade. Além de trabalharmos melhor, dá para preparar coisas mais específicas. É muito bom terem chegado ao quarto jogo, porque significa que dignificaram o futsal feminino português e este está cada vez mais competitivo. Mas, por outro lado, ainda bem que o campeonato terminou mais cedo para conseguirmos trabalhar na máxima força", notou.
Vislumbrando uma Seleção feminina "cada vez melhor na parte tática, técnica, física e mental", Fifó quer repetir as pisadas da formação masculina, que abriu um novo ciclo nas quadras, com os inéditos êxitos em dois Europeus (2018 e 2021) e um Mundial (2021).
"As duas equipas têm muita qualidade e são de topo. É nestes momentos que temos de provar a todos e a nós mesmas que somos as melhores. Se é isso que queremos, temos de lutar. Só ganhando o título de campeão da Europa é que saímos realmente satisfeitas deste estágio e do trabalho que andámos a fazer ao longo do ano", desejou a vencedora dos Jogos Olímpicos da Juventude (2018) e de uma Taça da Vitória (2019) por Portugal.
A ala chega ao Europeu moralizada pelas recentes conquistas do campeonato, da Taça de Itália e da Supertaça ao serviço do Città di Falconara, no qual esteve acompanhada pelas lusas Isabela Pereira e Janice Silva, depois de 14 cetros no Benfica (2014-2021).
"Para mim, era a cereja no topo do bolo vencer todas as provas em que estive inserida. Toda a gente quer e sonha muito ser campeã europeia e estamos a trabalhar muito para que isso aconteça este ano, mas seria uma temporada inesquecível para mim", finalizou.
O adiamento da segunda edição da fase final do Campeonato da Europa de futsal feminino foi um "pouco agridoce" para a internacional portuguesa Fifó, disposta a corrigir a final perdida há três anos diante da Espanha (0-4).
"É prejudicial pelo cansaço acumulado. Também penso que, como houve muita gente a competir quase ou até o final da época, isso ajuda a que não estivéssemos totalmente paradas e possamos chegar à final four com alguma forma física. Mas, claro, o cansaço não perdoa e estamos a gerir isso. Até mesmo no plano emocional e mental, não é fácil mudar o chip de uma coisa para outra, mas é o nosso trabalho e estamos cá para isso", confidenciou a ala do campeão italiano Città di Falconara, em entrevista à agência Lusa.
A competição bienal estava originalmente aprazada para decorrer em fevereiro de 2021, de novo no Pavilhão Multiusos de Gondomar, mas foi adiada por duas vezes e vai ser disputada entre sexta-feira e domingo, com as lusas a assumirem-se como candidatas.
"Vamos dar tudo para conseguirmos atingir o objetivo a que nos propusemos. Claro que ajuda imenso [o torneio] ser em Portugal, porque estamos a jogar em casa e sentimo-nos mais apoiadas do que se fosse fora. Ao mesmo tempo, é como se estivéssemos a reviver um momento que já passou, mas queremos um desfecho de maneira diferente", apelou.
Repescada pela UEFA para substituir a Rússia, devido à ofensiva na Ucrânia, a Hungria vai medir forças com Portugal nas meias-finais, agendadas para sexta-feira, às 21h30, quatro horas e meia depois de a Espanha, detentora do título, defrontar as ucranianas.
"Infelizmente, tivemos que fazer uma troca na calendarização, mas acho que a seleção húngara vem aqui para nos criar as mais dificuldades possíveis que conseguir. Jogámos contra este oponente na preparação para o Europeu anterior e saímos vitoriosas [9-0 e 6-0], o que é bom, mas temos de nos focar em nós. Sabendo aquilo que temos treinado, estamos mais perto de vencer", frisou Ana Sofia Gonçalves, conhecida por Fifó no futsal.
O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares e a final decorrem dois dias depois, às 14h30 e 18h00, respetivamente, com a ala, de 21 anos, que conta 47 internacionalizações e 12 golos pela equipa principal das Quinas, a lembrar que "qualquer país pode vencer".
"Sabemos da nossa qualidade e aquilo que queremos. Com o compromisso e o trabalho que temos tido até agora, somos uma das seleções favoritas a conquistar este título, até porque, na edição anterior, fomos nós e a Espanha à final. O duelo ibérico tem gerado jogos muito competitivos e penso que os erros vão fazer a diferença. Acho que vai sair vitorioso quem cometer menos erros e conseguir estar mais concentrado", recomendou.
Fifó é uma das nove vice-campeãs continentais entre as 14 atletas convocadas por Luís Conceição para o Europeu, cujo segundo adiamento, de março para julho de 2022, encaixou a prova após o final da época nos clubes e tem produzido "dias cansativos".
"Têm sido dias com muito trabalho, mas também felizes para todas nós. Não é fácil pelo momento, porque existe mais cansaço no final da época e o pessoal reuniu logo no dia seguinte à conclusão da época em Portugal. Contudo, tem sido dias bons", enalteceu.
Portugal está concentrado desde 20 de junho e concluiu a primeira de duas semanas de estágio a golear a Ucrânia (6-0), num embate particular em Oliveira de Azeméis, que se seguiu à final do play-off do campeonato nacional, que foi disputada à melhor de cinco partidas, na qual o Benfica bateu o Nun'Álvares (3-1) rumo ao quinto título consecutivo.
"Claro que é muito mais fácil para nós ter o grupo todo reunido desde o início do que pela metade. Além de trabalharmos melhor, dá para preparar coisas mais específicas. É muito bom terem chegado ao quarto jogo, porque significa que dignificaram o futsal feminino português e este está cada vez mais competitivo. Mas, por outro lado, ainda bem que o campeonato terminou mais cedo para conseguirmos trabalhar na máxima força", notou.
Vislumbrando uma Seleção feminina "cada vez melhor na parte tática, técnica, física e mental", Fifó quer repetir as pisadas da formação masculina, que abriu um novo ciclo nas quadras, com os inéditos êxitos em dois Europeus (2018 e 2021) e um Mundial (2021).
"As duas equipas têm muita qualidade e são de topo. É nestes momentos que temos de provar a todos e a nós mesmas que somos as melhores. Se é isso que queremos, temos de lutar. Só ganhando o título de campeão da Europa é que saímos realmente satisfeitas deste estágio e do trabalho que andámos a fazer ao longo do ano", desejou a vencedora dos Jogos Olímpicos da Juventude (2018) e de uma Taça da Vitória (2019) por Portugal.
A ala chega ao Europeu moralizada pelas recentes conquistas do campeonato, da Taça de Itália e da Supertaça ao serviço do Città di Falconara, no qual esteve acompanhada pelas lusas Isabela Pereira e Janice Silva, depois de 14 cetros no Benfica (2014-2021).
"Para mim, era a cereja no topo do bolo vencer todas as provas em que estive inserida. Toda a gente quer e sonha muito ser campeã europeia e estamos a trabalhar muito para que isso aconteça este ano, mas seria uma temporada inesquecível para mim", finalizou.
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