Faz, hoje, precisamente um ano que Portugal conquistou o Bicampeonato Europeu de Futsal, ao bater a Rússia na final da prova, por 4-2.



Foi a 6 de fevereiro de 2022, Amesterdão, Países Baixos. 

Depois da inédita glória alcançada no Euro da Eslovénia, em 2018, a Seleção Nacional de Futsal voltou a vencer um Europeu, isto após ter assegurado a vitória também do Campeonato do Mundo, em 2021, na Lituânia. A conquista no Ziggo Domme, em Amesterdão, veio consolidar e cimentar o espírito conquistador da formação orientada por Jorge Braz, Selecionador Nacional. A estes três troféus juntou-se também, em setembro de 2022, o título da Finalíssima Interncontinental, em Buenos Aires (Argentina).

Num grupo com Ucrânia, Países Baixos e Sérvia, Portugal mostrou a sua qualidade e venceu o grupo, somando três vitória em outros tantos jogos. Seguiu-se a Finlândia, uma das sensações da competição, que dificultou ao máximo a passagem da Equipa das Quinas às meias-finais. Nesse fase, Portugal encontrou a Espanha, num duelo sempre intenso e apaixonante, decidido apenas no último minuto. Na fnal, a formação lusa enfrentou a fortíssima Rússia. A equipa liderada por Jorge Braz mostrou determinação, atitude, disciplina e muita organização, batendo os russos por 4-2 e selando a conquista do segundo Europeu consecutivo.


Como foi o jogo.
Na Ziggo Dome, em Amesterdão, os portugueses estiveram a perder por 2-0, mas deram a volta ao marcador, com golo de Tomás Paçó, André Coelho (2) e Pany Varela. Zicky Té (20 anos) ficou em branco na final, mas foi eleito o melhor jogador da prova.

Começou devagar, devagarinho. Nenhuma das equipas quis comprometer o jogo logo de início e ambas optaram pelo estudo mútuo. Apesar de se conhecerem muito bem e de já se terem defrontado 13 vezes, uma final obriga sempre a uma estratégia diferenciada. No caso de Portugal foi não comprometer a organização e tentar explorar as costas russas, aproveitando a linha subida da equipa de Sergey Skorovich, que tinha mais bola.

À medida que o jogo ia crescendo em intensidade, a Rússia sobressaía e obrigava a seleção nacional a jogar no campo todo, provocando o erro e a oportunidade. E foi assim que se adiantou no marcador. Um golo algo consentido por André Sousa, que aos 10 minutos foi surpreendido por um remate enrolado de Sokolov, que entrou no meio da baliza e por baixo do corpo do guarda-redes português.

Jorge Braz não gostava do que via e pediu pausa técnica para ratificar o plano, mas assim que o jogo recomeçou a equipa sofreu o segundo golo, por Afanasyev. Mais uma vez Portugal via-se na condição de vencido e a precisar de dar a volta aos acontecimentos -já tinha sido assim frente a Espanha e à Sérvia. Era preciso por a bola em Zicky Té para fazer estragos. Aos 18 minutos o jovem leão fez o que quis de Davydov e rematou para grande defesa de Putilov. Foi apenas uma ameaça, mas o golo português surgiria logo depois por Tiago Paçó.

Portugal conseguia assim reduzir o marcador antes do intervalo, mas o descanso veio na pior hora, uma vez que o ascendente português estava finalmente a fazer-se sentir. No segundo tempo Zicky Té voltou a ficar-se pela ameaça e foi André Coelho a fazer o golo do empate. Uma ousadia do jogador português, que em vez de repor a bola em jogo num colega rematou à baliza e foi bem sucedido uma vez que a bola desviou em Putilov e só assim o lance pode ser válido.

Mais uma vez a seleção conseguia recuperar de uma desvantagem de dois golos. E isso deve ter feito alguma confusão na cabeça dos russos, que ainda por cima viam as bancadas entrar em delírio com mais um golo português. Outra vez por André Coelho, a fazer um desvio oportuno após passe de trivela de Miguel Ângelo.

Depois, Abramov fez tremer o poste da baliza de André Sousa. Ainda faltava muito por jogar e era preciso ser cerebral. Na pausa técnica a quatro minutos do fim o selecionador desmistificou os amarelos e lembrou que Portugal ainda tinha uma falta para fazer, o que era importante gerir bem, até porque os russos iriam recorrer à famosa tática de 5x4 (com guarda redes avançado).

Mais uma vez foi preciso sofrer, mostrar grande qualidade a defender, contar com aquela defesa decisiva de André Sousa e esperar por uma bola perdida para matar o jogo. E foi a um segundo do fim da partida que Pany Varela fez o 4-2 e sossegou o coração de todos os portugueses.

E assim a Rússia perdeu a sexta de sete finais que disputou. Só venceu em 1999 e continua a ambicionar o segundo troféu. Já a recordista de troféus, a Espanha bateu a Ucrânia (4-1) no jogo de atribuição do terceiro lugar e arrecadou o último lugar do pódio do Euro 2022.


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