Luís Conceição: “Acreditamos que podemos lutar pelas medalhas”
O Selecionador Nacional de Futsal Feminino, Luís Conceição, assumiu a ambição de Portugal para o primeiro Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, que se disputa nas Filipinas, entre 21 de novembro e 7 de dezembro. Na conferência de imprensa que acompanhou o anúncio das 15 convocadas, o técnico destacou o orgulho e a responsabilidade de fazer parte de um momento histórico para o futsal mundial.
“O nervoso faz parte, sempre. Temos de senti-lo, sobretudo por ser a primeira edição de um Campeonato do Mundo Feminino de Futsal. É algo que ficará para sempre na história do desporto e do futsal feminino. É um momento muito esperado pela Federação, pelas atletas e por todos os que vivem esta modalidade”, referiu o Selecionador Nacional.
Luís Conceição sublinhou ainda que Portugal chega ao torneio com um grupo equilibrado e competitivo:
“Temos um leque de opções muito alargado nas várias posições, o que é uma dor de cabeça positiva para a equipa técnica. Escolher as 15 que vão representar o país nesta estreia mundial é um privilégio e também uma enorme responsabilidade.”
O técnico destacou que este Mundial representa o culminar do trabalho de uma geração que tem elevado o futsal feminino português a um novo patamar:
“Este Mundial é o resultado de um sonho antigo. É a oportunidade de mostrar ao mundo a qualidade e os valores do futsal feminino português. Somos uma potência na modalidade e queremos dignificar esse estatuto, mostrando o que temos de melhor.”
Sobre o favoritismo, Luís Conceição foi prudente, mas confiante:
“Há seleções muito fortes e curiosidade para ver o nível geral da competição. Portugal está entre as quatro ou cinco seleções favoritas, o que demonstra a nossa qualidade e o trabalho que temos desenvolvido. O mais importante é aproveitar o momento, acreditar e seguir passo a passo.”
Em relação às estreantes e à gestão da ansiedade, o técnico destacou a maturidade das atletas:
“Temos uma Seleção jovem, mas com experiência em grandes palcos — Jogos Olímpicos da Juventude, Campeonatos Universitários, Europeus. Mesmo as estreantes, como Kaká e Débora Lavrador, vêm de contextos competitivos exigentes e estão preparadas. É mérito delas e do trabalho feito nos clubes.”
Luís Conceição reconheceu que a experiência internacional pode ser um trunfo importante:
“A UEFA tem sido fundamental no desenvolvimento competitivo, ao permitir que as seleções europeias disputem fases de apuramento e torneios regulares. Isso ajuda-nos a crescer. O futsal feminino sul-americano é muito forte, com Brasil, Argentina e Colômbia em destaque, e isso valoriza ainda mais a competição.”
Por fim, o Selecionador Nacional revelou a ambição da equipa para o torneio:
“Vamos com malas prontas para ficar até 8 de dezembro. Acreditamos que podemos lutar pelas medalhas, esse é o nosso objetivo. Primeiro, queremos garantir a passagem da fase de grupos e, depois, seguir passo a passo. Temos qualidade, ambição e responsabilidade para sonhar alto.”
Com a confiança e união que têm caracterizado o grupo, Portugal parte para as Filipinas determinado a fazer história no primeiro Mundial Feminino de Futsal, representando o país com a mesma força, ambição e identidade que o tem distinguido nas grandes competições internacionais.