Derrota dura, lição valiosa “As vitórias escondem erros, as derrotas fazem-nos crescer.” – Jorge Braz
Selecionador sublinha falta de intensidade e rigor na derrota frente à Eslovénia
A Seleção Nacional de Futsal perdeu, esta quarta-feira, frente à Eslovénia por 4-2, no segundo jogo de preparação para o UEFA Futsal Euro 2026, disputado na AMCO Arena, em Braga. No final, o selecionador nacional Jorge Braz reconheceu os erros cometidos pela equipa e apelou à aprendizagem coletiva.
“Entrámos suaves e esquecemo-nos do que é começar bem um jogo”
Em declarações após o encontro, Jorge Braz começou por destacar a falta de intensidade e concentração nos minutos iniciais:
“Esquecemo-nos do que é entrar bem nos primeiros cinco minutos. Portugal não pode entrar sempre com aquela falta de dinâmica, fomos demasiado suaves desde o início. Queremos tanto ganhar que, por vezes, achamos que é fácil e esquecemo-nos do básico — controlar o espaço quando atacamos, para não permitir as transições do adversário.”
O selecionador lamentou a forma como os erros se repetiram, salientando que a Eslovénia foi eficaz em aproveitar cada falha:
“Cada vez que a Eslovénia conseguiu chegar lá, fez golo. Não podemos iniciar o jogo a perder nem sofrer golos nas costas, como aconteceu na segunda parte. Até começámos com alguma objetividade, mas ficámos sempre a correr atrás do prejuízo — e isso não pode acontecer.”
“Estas derrotas fazem-nos pensar — temos de crescer com elas”
Apesar do desaire, Jorge Braz preferiu olhar o resultado como parte do processo de preparação para o Europeu:
“Se tivéssemos marcado mais cedo, o jogo poderia ter sido diferente. Faltou-nos rigor na finalização, mas não treinámos — foi uma janela muito curta. Tentámos, mas nem sempre definimos bem. Esta é uma aprendizagem com impacto maior, porque quando ganhamos e cometemos erros, esquecemo-nos deles. Agora, espero que nos lembremos muito bem destes erros até ao próximo jogo.”
O selecionador reforçou ainda o sentido de responsabilidade pessoal e o compromisso da equipa em reagir:
“Os erros deles são sempre culpa minha — é o que eu não fiz para eles falharem. Aos jogadores, cobro-os eu; Portugal cobra-me a mim. Estas derrotas doem, mas também fazem crescer. Fomos campeões da Europa em 2022 depois de levar 6-0 da Espanha. Temos de perceber como isto nos ajuda a evoluir.”