Japão entra a vencer no Grupo C com triunfo sólido sobre a Nova Zelândia
O Japão iniciou a sua caminhada no Grupo C do Campeonato do Mundo Feminino de Futsal com uma vitória convincente por 6-0 frente à Nova Zelândia, numa exibição marcada por intensidade constante, domínio territorial e uma avalanche de remates. A partida, disputada em Pasig, confirmou a superioridade técnica e coletiva das japonesas, que controlaram o encontro de início ao fim e construíram um resultado que reflete a diferença entre as duas seleções nesta estreia mundialista.
O encontro começou com o Japão a assumir desde logo a iniciativa, pressionando alto, circulando com velocidade e acumulando finalizações. Logo aos 2’, Sara Oino deu o primeiro aviso e, aos 01’44, inaugurou o marcador ao fazer o 1-0, aproveitando uma assistência de Ryo Egawa. O golo adiantado moldou o ritmo da partida, com as japonesas a intensificarem a pressão e a Nova Zelândia a tentar, sem grande sucesso, cerrar linhas defensivas e explorar transições rápidas.
O Japão manteve o controlo absoluto da posse, empurrando constantemente o adversário para zonas baixas do campo. As oportunidades sucederam-se e, aos 12’37, Anna Amishiro ampliou para 2-0, numa finalização precisa após jogada bem desenvolvida na ala esquerda. A Nova Zelândia respondeu com esforço, mas acumulou faltas e dificuldades em sair a jogar, registando ainda um cartão amarelo para Bloomfield aos 12’, reflexo da pressão constante que enfrentava.
A segunda parte trouxe mais do mesmo: domínio total do Japão, que rapidamente voltou a marcar. Aos 23’33, Risa Ikadai elevou para 3-0, numa jogada iniciada em canto e concluída com categoria. Sem tempo para reagir, a Nova Zelândia viu o marcador agravar-se novamente aos 26’17, quando Ryo Egawa finalizou ao segundo poste e fez o 4-0. Segundos depois, aos 26’44, Sara Oino voltou a aparecer com instinto goleador e assinou o 5-0, consolidando a superioridade nipónica.
A Nova Zelândia tentava resistir com as suas poucas armas ofensivas, registando esporádicas tentativas de Cat Pretty, Ella James ou Hannah Kraakman, mas o controlo do Japão nunca foi colocado em causa. Pelo contrário, as jogadoras japonesas multiplicavam remates — muitos enquadrados — e aproveitavam cada bola parada para criar perigo. Aos 31’41, Yukari Miyahara fechou a contagem ao fazer o 6-0, concluindo uma série de ataques consecutivos que culminaram no golpe final.
O encontro ficou ainda marcado por um cartão amarelo para Jessica Verdon aos 36’, num momento que refletiu, mais uma vez, a incapacidade neozelandesa de travar o jogo interior japonês sem recurso à falta. A reta final foi jogada praticamente toda dentro do meio-campo da Nova Zelândia, com o Japão a insistir no ataque, registando inúmeros remates em sequência e várias ações ao primeiro toque, mas o marcador não voltou a mexer.
No balanço final, foi uma vitória justa, clara e incontestável do Japão, assente na organização, intensidade e qualidade técnica das suas jogadoras. A Nova Zelândia, apesar da entrega defensiva, não teve capacidade para resistir à avalanche ofensiva e acabou por sucumbir às limitações na construção e na marcação. Sara Oino, com dois golos e enorme influência no ritmo da equipa, destacou-se como figura do encontro, enquanto Yukari Miyahara, Ryo Egawa e Risa Ikadai também deixaram marca com exibições de alto nível. Em síntese, o Japão começa o Mundial com autoridade e assume-se desde já como forte candidato às fases seguintes deste histórico torneio feminino.
foto - GettyImages