Itália estreia-se no Mundial com goleada monumental frente ao Panamá
A Itália protagonizou, esta segunda-feira, uma das exibições mais avassaladoras deste Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, ao vencer o Panamá por 17-0, num encontro totalmente dominado pela equipa europeia do primeiro ao último minuto. A entrada fulgurante, a pressão constante e a agressividade ofensiva transformaram o jogo numa demonstração de poder técnico e tático das italianas, que assumem desde já candidatura séria à fase seguinte.
O duelo começou com o controle absoluto da Itália, que desde os segundos iniciais empurrou o Panamá para o seu meio-campo. Aos 02’44, Sara Boutimah inaugurou o marcador ao fazer o 1-0, finalizando com precisão após assistência de Renata Adamatti. O golo cedo abriu caminho para um festival de finalizações, combinações rápidas e ataques contínuos. Pouco depois, aos 09’21, Greta Ghilardi ampliou para 2-0, novamente com assistência de Alessia Grieco, mostrando a fluidez ofensiva das transalpinas. Aos 09’53, Renata Adamatti faz o 3-0, aproveitando uma excelente ação coletiva. A vantagem aumentou aos 14’52, quando Erika Ferrara converteu um penálti com frieza, fechando a primeira parte em 4-0.
O segundo tempo foi ainda mais avassalador. Bastaram dois minutos para a Itália voltar a marcar: Sara Boutimahapareceu ao segundo poste e faz o 5-0, aos 22’32. O Panamá tentava respirar com remates longos e algumas transições, mas a equipa italiana mantinha uma intensidade impossível de acompanhar. Aos 26’17, Rafaela Dal Maz faz o 6-0, seguida de Renata Adamatti, que aos 26’50 eleva para 7-0, concluindo mais uma jogada bem trabalhada no interior da área. A partir daqui, a Itália entrou num ciclo imparável de eficácia: Brenda Bettioli marcou aos 27’31 o 8-0, e Rafaela Dal Maz voltou a surgir, aos 27’34, para o 9-0. A superioridade mantinha-se, com sucessão de remates e cantos ofensivos, até que aos 30’30 Gaby Vanelli fez o 10-0, aumentando a diferença com um remate cruzado.
A goleada tomou proporções históricas à entrada da reta final. Aos 33’13, Greta Ghilardi finalizou para o 11-0; aos 33’36, Renata Adamatti converteu novo penálti com segurança para o 12-0; e um minuto depois, aos 34’43, Brenda Bettioli faz o 13-0, concluindo mais uma jogada iniciada numa bola parada. A Itália não abrandava: aos 34’54, Gaby Vanelli assinou o 14-0, aproveitando mais uma assistência de Renata Adamatti. Pouco depois, aos 35’52, Adrieli Berte elevou para 15-0, na sequência de combinação com Erika Ferrara. Aos 36’08, Sara Boutimah completou a sua exibição soberba ao fazer o 16-0, antes de Alessia Grieco, aos 39’07, fechar o marcador em 17-0, coroando uma partida absolutamente arrebatadora.
O Panamá, apesar da entrega e de algumas tentativas de Erika Hernández, Laurie Batista ou Estefania Salas, não conseguiu contrariar o volume de jogo italiano, limitando-se a procurar remates exteriores e a defender em bloco baixo. A equipa panamiana acumulou dificuldades na gestão da bola e sofreu com a agressividade ofensiva da Itália, que ainda viu Bruna Borges receber cartão amarelo aos 26’57. A diferença física, técnica e tática tornou-se evidente à medida que os minutos avançavam.
No balanço final, foi uma vitória esmagadora e incontestável da Itália, que demonstrou profundidade de plantel, enorme qualidade individual e uma capacidade coletiva impressionante. Sara Boutimah, Renata Adamatti, Brenda Bettioli, Gaby Vanelli e Rafaela Dal Maz foram determinantes numa tarde onde tudo saiu bem ao conjunto europeu. Em síntese, a Itália entra no Mundial com uma declaração de intenções clara: competitiva, intensa e arrasadora, reforçando a ambição de lutar pelos lugares cimeiros deste histórico torneio feminino.
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