Canadá resiste, mas Tailândia impõe maturidade e fecha triunfo convincente
Tailândia dispara na segunda parte e impõe realismo duro ao Canadá
A Tailândia entrou nesta segunda jornada do Mundial com uma exibição de personalidade, ritmo e maturidade competitiva, batendo o Canadá por 3-6 no PhilSports Arena, em Manila. Foi um jogo vibrante, cheio de aceleração e alternância emocional, mas em que a superior qualidade tailandesa nos momentos decisivos acabou por pesar de forma clara.
O encontro começou a uma velocidade altíssima e com a Tailândia instalada no meio-campo ofensivo. Logo aos 1’09’’, Darika Peanpailun abriu o marcador após combinação curta e finalização de primeira — um golo que expôs desde cedo a agressividade do quinteto asiático. Pouco depois, aos 3’58’’, Darika voltou a marcar, agora assistida por Bubpha, ampliando para 0-2 num início avassalador.
O Canadá demorou a estabilizar, mas sempre que conseguiu ligar passes encontrou gente capaz de rasgar. Aos 8’13’’, Joelle Gosselin reduziu com um remate de insistência, colocando energia nova no jogo. A formação de Alexandre Da Rocha cresceu, equilibrou a posse e forçou a Tailândia a baixar linhas. O empate acabou por surgir aos 12’26’’, com Sasikarn Tongdee a marcar na própria baliza, na sequência de um lance confuso dentro da área.
O jogo estava quente, elétrico, e a Tailândia respondeu com frieza. Aos 19’53’’, Sangrawee Meekham fez o 2-3, devolvendo controlo ao seu lado antes do intervalo.
Na segunda parte, o Canadá voltou determinado. A equipa empurrou, acelerou e acreditou. A recompensa veio aos 22’39’’, com Maude Lagacé a finalizar de forma perfeita o 3-3, no melhor período canadiano da partida.
Mas foi sol de pouca dura. A Tailândia voltou a assumir o ritmo, a vencer duelos e a ser muito mais eficaz no último terço. Aos 24’01’’, Darika Peanpailun completou o hat-trick e colocou novamente a sua equipa na frente. Seguiu-se Arriya Saetoen aos 29’43’’ e, por fim, Jenjira Bubpha aos 31’38’’, num golo que selou emocionalmente a partida.
Até final, o Canadá tentou encurtar, mas a Tailândia controlou transições, geriu com bola e mostrou maturidade de quem está mais habituado a este palco.
Vitória justa, construída na agressividade ofensiva, na qualidade individual de Darika e Bubpha, e numa capacidade impressionante de acelerar sempre que o jogo ameaçava ficar perigoso. Para o Canadá, ficam os golos, o caráter e a coragem — mas também a sensação clara de que há ainda um caminho competitivo a percorrer.
Figura da Partida – Darika Peanpailun (Tailândia)
Três golos, presença constante entre linhas, sempre perigosa a atacar o espaço e a finalizar. Decidiu o jogo nos momentos críticos e foi, de longe, o maior fator de desequilíbrio em Manila.