Ana Azevedo brilha, decide e dedica: “Somos guerreiras, como as nossas mães”
A capitã voltou a ser capitã. Ana Azevedo assinou uma exibição de classe, marcou dois golos, foi considerada Player of the Match pela FIFA e conduziu Portugal à vitória sobre o Japão (3-1), na segunda jornada do Grupo C do Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, em Pasig, nas Filipinas.
O triunfo garante desde já o 1.º lugar do grupo e a consequente qualificação para os quartos de final, mantendo intacta a ambição portuguesa depois da goleada inaugural frente à Tanzânia (10-0). O coletivo de Luís Conceição segue perfeito: seis pontos, 13 golos marcados, apenas um sofrido.
A vitória ganhou ainda um peso emocional especial no final. Com o troféu de melhor jogadora do encontro nas mãos, Ana Azevedo dedicou-o à mãe, internada na ala de Oncologia do Hospital de Viana do Castelo — uma homenagem que marcou o momento e emocionou o grupo.
“A minha Mãe é uma guerreira… e nós também somos”
— Ana Azevedo, em discurso direto**
Sobre os dois golos e o prémio individual:
“O mais importante foi a equipa ter ganho. Não importa quem marca. Importa termos cumprido o primeiro objetivo, que era passar aos quartos.
Quero dedicar este prémio à minha Mãe, porque hoje é um dia especial. Ela está-me a ver na ala de Oncologia do Hospital de Viana do Castelo.
Ela é uma guerreira — e todas nós somos guerreiras, como as nossas mães. Um beijinho muito grande para ela.”
Análise ao jogo:
“Estivemos sempre por cima. Na segunda parte pecámos na finalização e acabámos por sofrer um bocadinho, com o golo do Japão. Mas soubemos reagir.
Estes momentos fazem-nos crescer. Mesmo com o Japão a carregar e o golo a surgir tão perto do final, mantivemos a nossa postura e identidade.”
Apuramento já garantido:
“Quanto mais cedo fizermos o trabalho, melhor. Mas o essencial é continuarmos focadas em nós: na nossa identidade, no que é Portugal, sem olhar já para os adversários.
Temos coisas a melhorar — sobretudo a finalização — mas agora vamos preparar o terceiro jogo para ganhar.
Seja quem for nos quartos, vamos manter aquilo que somos: competir até ao último segundo.”