Luís Conceição: “Pedimos para acreditarem nelas” — o discurso que mudou o jogo e colocou Portugal nas meias-finais
No final da vitória por 7-2 sobre a Itália, que colocou Portugal nas meias-finais do Mundial Feminino de Futsal, Luís Conceição fez uma análise profunda e reveladora do que mudou a história do jogo. Mais do que falar do resultado, o Selecionador Nacional sublinhou a força mental da equipa e o impacto direto da mensagem transmitida no intervalo.
“Este era o jogo mais importante”
Conceição começou por reforçar que os quartos-de-final eram o verdadeiro ponto crítico da competição:
“Este era o jogo mais importante, o que permite seguir em frente ou voltar para casa, para nós ou para a Itália. Foi assim que encarámos.”
A equipa entrou bem, chegou ao 2-0, mas enfrentou dificuldades ainda antes do intervalo:
“Trememos um pouco. A Itália veio para cima com tudo, pressionou-nos bastante, tivemos dificuldade em sair da pressão.”
O intervalo que transformou Portugal
O treinador revelou que o momento-chave da partida foi o balneário:
“O intervalo foi extremamente importante para nós. Para além de algumas correções táticas, o que pedimos foi para acreditarem nelas.”
E a frase que define o espírito da equipa:
“Pedimos, acima de tudo, para não terem medo de ter a bola.”
Segundo Conceição, essa mudança de postura foi decisiva:
“Se conseguíssemos ter a bola e jogar com confiança, íamos fazer golos. O resultado iria crescer, porque somos melhores do que a Itália.”
Respeito pelo adversário, confiança no próprio valor
Apesar da superioridade portuguesa, o Selecionador fez questão de valorizar a Itália:
“A Itália é uma seleção muito boa. Valorizou muito a nossa vitória.”
Mas reforçou a convicção na qualidade da própria equipa:
“O que faz a diferença é acreditarmos no que somos. Quando jogamos com confiança, somos muito fortes.”
Argentina no horizonte
Conceição revelou também que a preparação para a meia-final já começou antes mesmo do apito final:
“Já tínhamos começado a fazer o nosso trabalho de análise da Argentina; não há tempo a perder.”
Sobre o adversário:
“É uma seleção extremamente competitiva, à imagem das sul-americanas. Disputa muito os duelos individuais, ofensivos e defensivos. Faz o que faz muito bem.”
E sobre o que vem aí:
“Vamos ver, estrategicamente, o que temos a fazer para as ultrapassar e estarmos aqui a jogar a final, no próximo domingo.”