Palma vence FC Hit com identidade, controlo emocional e um golpe final que partiu a eliminatória
O Palma confirmou a passagem aos quartos-de-final com uma exibição de maturidade competitiva e capacidade de resposta nos momentos de maior densidade emocional. Depois do 2–2 na primeira mão, o jogo exigia critério, paciência e identidade — e foi exatamente isso que a equipa de Vadillo entregou.
A entrada trouxe intensidade ofensiva e uma marca fundamental: Rivillos abriu o marcador aos 7’39’’, a partir de um livre trabalhado, leitura rápida e execução limpa, típica do futsal de elite que a equipa maiorquina pratica. O FC Hit tentou responder pela via do duelo e da meia-distância, mas falhou repetidamente na ligação interior e encontrou sempre Cavalcanti sólido na baliza.
A segunda parte alterou completamente o ritmo da noite. O Hit conseguiu igualar aos 29’24’’ por Zhuk, numa transição que encontrou Palma mal ajustado no pós-perda. O golo acordou o pavilhão e devolveu a tensão à eliminatória. Mas a resposta do Palma foi imediata, com personalidade e domínio territorial.
Aos 34’51’’, Alisson recolocou Palma na frente após assistência de Lucão — movimentação perfeita no corredor, orientação corporal exemplar e finalização de ponta de lança. Apenas um minuto depois, Ernesto fez o 3–1 aos 35’23’’, num livre direto que nasceu do controlo emocional e da insistência no ataque organizado.
Mas o FC Hit ainda não tinha desistido: Zhuk bisou aos 37’15’’, reduzindo para 3–2 e relançando a incerteza. O Palma manteve a identidade, não cedeu ao caos e voltou a acelerar por dentro. E, quando o jogo se partia, apareceu quem costuma definir:
Rivillos fechou a noite aos 37’15’’, completando o seu bis e matando a eliminatória com a frieza dos jogadores que entendem o peso do momento.
O resultado final — 4–2 — espelha bem a diferença de critério e execução entre as duas equipas. O Palma controlou quando tinha de controlar, acelerou quando tinha vantagem posicional e mostrou uma gestão emocional de altíssimo nível na reta final.
Figura da Partida — Mario Rivillos (Palma)
Marcador de dois golos, influência total no ritmo ofensivo, leitura clínica dos espaços e presença determinante nas bolas paradas. Quando o jogo precisava de alguém que decidisse com identidade, apareceu ele — o rosto da maturidade competitiva de Palma.
O Palma segue para os quartos-de-final com autoridade e com um dos plantéis mais equilibrados desta edição. O FC Hit deixa a competição com um mérito claro: teve coragem, competitividade e obrigou Palma a ir ao limite das suas melhores armas.