Cartagena Costa Cálida vence Luxol St. Andrews numa eliminatória resolvida sem margem para dúvidas
O Cartagena entrou em quadra sem olhar para a vantagem da primeira mão (9–1). Entrou para mandar. Para controlar. Para definir ritmo, zonas e comportamentos — e desde cedo ficou claro que Luxol teria de viver 40 minutos dentro de um furacão tático. A equipa de Duda não desperdiça sinais, nem oferece espaço para esperança: aos 11’50’’, Juninho atacou a bola com leitura perfeita na entrada da área e abriu o marcador, instalando o guião que se repetiria até ao fim.
O Luxol tentou resistir com ajustes curtos e organização nos corredores interiores, mas o Cartagena é uma máquina quando encontra mobilidade entre linhas. A equipa espanhola aumentou a pressão, alternou circulação rápida com ataques posicionais e, aos 22’39’’, Mellado rompeu o bloco e conquistou o 2–0, enquanto Vevé converteu de imediato na própria baliza, num lance que espelhou o desequilíbrio emocional da formação maltesa.
A partir daí, o jogo tornou-se uma demonstração de maturidade competitiva dos espanhóis. Com agressividade controlada, superioridade nas segundas bolas e uma ocupação exemplar dos espaços, Mellado apareceu outra vez — 33’42’’ — para ampliar, aproveitando a incapacidade do Luxol de ligar passes sob pressão.
E quando parecia que a equipa de Duda iria apenas gerir, surgiu mais uma aceleração fatal: Darío Gil, inteligente na leitura do momento, ganhou metros interiores e fez o 4–1 aos 37’45’’. O Luxol ainda respirava com ataques esporádicos, mas nada que quebrasse o domínio total. Waltinho fechou a noite aos 39’31’’, após uma circulação paciente que desmontou todo o bloco adversário.
Cartagena somou 14–2 no agregado, mas mais do que números, mostrou intenção, personalidade e uma cultura de jogo que não baixa intensidade perante cenários confortáveis. O Luxol lutou, mas passou 40 minutos em permanente desconforto estrutural.
Figura da Partida — Mellado (Cartagena)
Um jogo de autoridade silenciosa: leitura superior, ritmo de decisão, agressividade nos duelos e influência direta em todos os momentos de criação. Marcou, comandou, equilibrou e acelerou. Foi o metrónomo e o acelerador — tudo no mesmo corpo.